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O que são Zero Energy Buildings?

  • Carmelina Suquere de Moraes
  • 6 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura

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Utilização on-site de energia oriunda de fonte renovável Fonte: dancestrokes/shutterstock.com)

Recentemente, a temática edifícios energia zero (EEZ) tem ganhado atenção. No ano de 2010 a modificação da diretiva relativa ao desempenho energético dos edifícios (EPDB) foi ratificada pela Comissão Europeia e o Parlamento, assim houve exigências para queaté o ano de 2020 todas as novas construções prediais sejam edifícios quase energia zero (EUROPEAN UNION, 2010).

Os Edifícios Energia Zero podem ser definidos como aqueles capazes de suprir a demanda energética e ofertar conforto aos seus usuários sem depender de um fornecimento total de energia elétrica, contudo pode ser atribuído a estes edifícios o poder de gerar energia renovável em sua envoltória (NUDEL, 2016, p. 1).

Estes edifícios são concebidos a fim de minimizar ao máximo o consumo. Contudo, para isso ocorrer, todo um processo deve ser emergido durante a fase de concepção do projeto, apenas com a arquitetura adaptada ao clima local. Em conformidade com Nudel (2016) a arquitetura é a principal precursora para obtenção da energia zero, afinal é por meio do projeto arquitetônico que irá ser adotada “técnicas bioclimáticas eficazes como ventilação natural, fachadas de alto desempenho térmico e altos níveis de iluminação natural”. Por conseguinte, a implementação de outros sistemas complementares a geração de energia renovável passa a vigorar, podendo estes sistemas serem “autônomos ou integrados à rede”.

Como resultado, a conceituação de EEZ (Edifício Energia Zero) procura requerer edifícios energeticamente eficientes. Ou seja, além do uso de painéis fotovoltaicos, ou outra maneira de se obter energia renovável.

Primeiro há que reduzir o consumo elétrico para níveis o mais baixo possível através de um mix de altos níveis de isolamento térmico em todo o envelope do edifício, janelas altamente eficientes, portas exteriores igualmente eficientes (sempre que em contacto com o espaço interior), bem como bom design arquitetónico, bom posicionamento do edifício em relação ao sol, sombras a brisas, adequado dimensionamento das janelas, espaços, etc. E obviamente um sistema eficiente de iluminação e equipamentos eletrónicos (eletrodomésticos e produtos da eletrónica, no caso de casas de habitação). (GUIA CASA EFICIENTE, 20161).

Em suma, o Edifício de Energia Zero viabiliza a energia renovável, contudo há todo um conjunto de prática sustentável também. Bem como, o incentivo a reciclagem, uso e reuso dos materiais com o intuito de evitar o descarte prematuro, reaproveitamento de água evitando-se o seu desperdício, utilização da tecnologia como alternativa ao controle de gastos (automação) e estimular o uso de meios de transportes alternativos.



Referências

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EPE- Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional. Ano Base 2018, Rio de Janeiro-RJ, 2018.

LAMBERTS, R., DUTRA, L. & PEREIRA, F. O. R. Eficiência Energética na Arquitetura, p.192, Pro Livros. São Paulo. 1997.

RÜTHER, R. Edifícios Solares Fotovoltaicos. Florianópolis: Labsolar, 2004.

CUIABÁ. Lei complementar Nº 102 de 03 de dezembro de 2003. Código de obras e edificações no município de Cuiabá.

CUIABÁ. Lei complementar Nº 389 de 03 de novembro de 2015. Disciplina o uso e ocupação do solo no município de Cuiabá.

EUROPEAN UNION. Directive 2010/31/EU: of the European Parliament and of the Council of 19 May 2010 on the energy performance of buildings (recast). Disponívelem: <http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2010:153:0013:0035:EN:PDF>. Acessoem: 04 mar. 2019.

NUDEL, Marcelo. O que sãoedifíciosenergia zero e comoviabilizá-los?.Disponívelem:<http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=2434>. Acessoem: 04 mar. 2019.

GUIA CASA EFICIENTE. Edificiosde Energia Zero: O Conceito, A Directiva Da UE, As Vantagenseos Custos de Implementação. Disponívelem: <https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Q203ihLOj-kJ:https://www.guiacasaeficiente.com/Edificios/EnergiaZero.html+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acessoem: 04 mar. 2019.

ADAM, R.S. Princípios do ecoedifício: Integração entre ecologia, consciência e edifício. 1. ed. São Paulo: Aquariana, 2001.

LEEF, Enrique. Epistemologia ambiental. Tradução de Sandra Valenzuela. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

SOLUÇÕES PARA CIDADES. Jardins de Chuva. Disponível em: <http://solucoesparacidades.com.br/saneamento/4-projetos-saneamento/jardins-de-chuva/>. Acesso em: 07 mar. 2019.

 
 
 

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